quarta-feira, 18 de maio de 2011

* * * * * ABUSO SEXUAL INFANTIL






Segundo a Organização Mundial de Saúde, o abuso infantil e maus tratos constituem todas as formas de abuso físico, emocional, sexual, negligência ou tratamento negligente, comercial e outras explorações, resultando em dano potencial ou real para a saúde da criança e do adolescente para a sua sobrevivência, desenvolvimento e dignidade, no contexto da relação de responsabilidade, confiança e poder. Hoje falaremos especificamente sobre abuso sexual infantil: algo ainda hoje pouco falado, relatado ou mesmo denunciado.
O abuso sexual infantil ocorre quando a criança ou adolescente é usada como gratificação sexual de um adulto, ou entre uma criança e adolescente, com 16 anos ou mais e ser pelo menos 5 anos mais velho que a criança. É baseada numa relação de poder, incluindo manipulação da genitália, mama ou ânus, carícias, pornografia e exibicionismo até o ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência física. A criança sente-se vulnerável, acredita nas ameaças e sente-se culpada pelo abuso, evitando por estas razões revelar a situação à família. Vamos lembrar que a criança é frágil, imatura e inexperiente, nada ou muito pouco conhece sobre sexo, sendo suas crenças sobre sexo fantasiosos e rudimentares, podendo até mesmo provocar na criança nojo. O adulto ao contrário desenvolveu sua sexualidade ao longo da vida.
Esta experiência é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de psicopatologias como a depressão, ansiedades, transtornos alimentares, déficit de atenção, entre outros. Outros sintomas também podem ser observados como conduta hipersexualizada, abuso de drogas, fugas, isolamento, agressividade, mudanças nos padrões de sono e alimentação, tentativas de suicídio, baixa concentração e atenção, refúgio na fantasia, baixo rendimento escolar, desconfiança e percepção de inferioridade e inadequação. O abuso sexual também pode ocasionar sintomas físicos como hematomas e traumas nas regiões oral, genital e retal, coceira, inflamação e infecção nas áreas genital e retal, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, doenças psicossomáticas e desconforto em relação ao corpo.
Segundo estatísticas do ano de 2009 sobre atendimentos realizados no Hospital Pequeno Príncipe a crianças e adolescentes 66,78% foram vitimas de violência sexual, sendo que 67% das crianças e adolescentes sofreram abusos dos próprios familiares. O abuso sexual que ocorre dentro da família, por cuidadores ou pessoas afetivamente próximas da criança é chamado de intrafamiliar. Fora do ambiente familiar, o abuso sexual pode ocorrer em situações nas quais crianças e adolescentes são envolvidos em pornografia e exploração sexual.
Além de estar bem informado sobre a realidade do abuso sexual contra crianças, os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos, ouvir seus filhos e acreditar no que dizem, dispor tempo e dar atenção a eles, saber
com quem seu filho está ficando nos momentos de lazer. Conhecer seus colegas e os pais deles. Para a criança deve-se ensinar os nomes das partes do corpo, a dizer NÃO, orientá-las sobre segurança pessoal e alertá-las sobre
situações  de risco.          
Matéria originalmente publicada no Jornal atos e Fotos de Curitiba, em maio de 2011.              
 

quarta-feira, 23 de março de 2011

*   *   *   *   *   *   *   *   *    OUTRAS FORMAS DE ABUSO



 Lembrando que abuso é caracterizado pela impossibilidade de decisão por parte da criança numa relação abusiva, pode ser físico, psicologico ou sexual.
  
Abuso Psicológico: é caracterizado pela depreciação ou desqualificação da criança ou do adolescente pelo adulto, por humilhações, ameaças, tratamento diferenciado e injusto entre irmãos, impedimentos, ridicularizações, que minam a sua auto-estima, fazendo com que acredite ser inferior aos demais, sem valor, gerando profundos sentimentos de culpa e mágoa, causando-lhe grande sofrimento mental e afetivo insegurança, além de uma representação negativa de si mesmo, que podem acompanhá-lo por toda a vida. A violência psicológica pode se apresentar ainda como atitude de rejeição ou de abandono afetivo; de uma maneira ou de outra, provoca um grande e profundo sofrimento afetivo às suas vítimas, dominando-as pelo sentimento de menos valia e de não-merecimento. Esta violência não aparece nas estatísticas, por sua condição de invisibilidade.

Abuso Sexual: geralmente praticada por adultos que gozam da confiança da criança ou do adolescente. Nesse tipo de violência, o abusador pode utilizar-se da sedução ou da ameaça para atingir seus objetivos, não tendo que, necessariamente, praticar uma relação sexual genital para configurar o abuso, apesar de que ela acontece, com uma incidência bastante alta. Normalmente é acompanhado da violência psicológica, ameaças, por exemplo. Mas é comum a prática de atos libidinosos diferentes da conjunção carnal como toques, carícias, exibicionismo, etc., que podem não deixar marcas físicas, mas que nem por isso, deixam de ser abuso grave devido às conseqüências emocionais para suas vítimas é um dos delitos menos denunciados do mundo, fato este que pode dar a impressão de ser raro.
O abuso sexual é um fator que atinge o desenvolvimento da criança. Vários sintomas podem aparecer como ansiedade na forma de pesadelos e medo, comportamento sexualizado inapropriado, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, depressão, baixa auto-estima, isolamento, agressividade, problemas escolares, fuga, entre outros.
Pode haver também reflexos durante a fase adulta da vítima-abusada sexualmente como sexualidade alterada( falta de prazer, dor, promiscuidade, distúrbios ), isolamento, depressão entre outros. É importante a busca de intervenção psicoterapêutica, no manejo do estresse e na recuperação da criança e da família.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Abuso Físico

                                                     


Todos concordam que a criação adequada do filho deve ser baseada na disciplina, nas recompensas, nas punições. No entanto, a punição da criança por maus comportamentos pode tomar várias formas, inclusive graves. A agressão física tem maior probabilidade de se desenvolver nas famílias cujos pais são de baixa idade, imaturos, e com fatores de risco familiar. Também pode aparecer em casos de privação econômica, de discórdia familiar, do divórcio dos pais, do baixo nível de educação dos genitores de história de abuso de álcool e drogas. Além desses é muito comum acontecer, em famílias cujo pai ou mãe também foi abusado quando criança, ou seja, é a transmissão da violência entre diversas gerações de uma mesma família.
Se não for acompanhada de palavrões e de raiva uma palmada na mão ou no bumbum não poderia causar conseqüência negativa, teria o propósito de corrigir e não de machucar. É cultural, pois está presente em diversas culturas do mundo todo. Mas o limite entre a punição disciplinar e o abuso é muito frágil.
Já o abuso físico são atos de agressão praticados pelos pais e cuidadores como socar, chutar, morder, queimar, machucar a criança, provocando o espancamento que pode ou não deixar marcas visíveis e evidentes. Tais agressões podem provocar fraturas, hematomas, queimaduras, esganaduras, hemorragias internas ou mesmo causar a morte. Normalmente é acompanhado pela raiva e por xingamentos.
Crianças abusadas fisicamente podem tornar-se medrosas, apáticas, desinteressadas e agressivas.
Além do abuso físico, existe também o abuso psicológico e abuso sexual, acompanhe a próxima postagem.
Em caso de dúvidas procure orientações, mande perguntas para o e-mail valeriasouza02@yahoo.com.br
que terei a maior alegria em responder.
Um abraço a todos...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

* * * NEGLIGÊNCIA

                               
Toda criança necessita de cuidados e proteção para que seu desenvolvimento ocorra de forma saudável.  É natural que toda atenção e cuidado seja dedicado às crianças da família. A negligência ocorre quando os pais ou cuidadores não oferecem supervisão e proteção para as crianças e adolescentes. É manifestado pela ausência de cuidados físicos, emocionais e sociais, pela omissão, falta de amor, falta de atenção, ausência dos pais e descaso. Pode acontecer em função de problemas da qual a família passa como alcoolismo, depressão, pais ausentes, famílias desorganizadas, mas também, pode ser a expressão de um desleixo propositadamente infligido contra a criança ou adolescente.
Há vários tipos de negligência. Negligência médica as necessidades de saúde não são supridas; negligência educacional os pais não providenciam o suporte necessário para a freqüência à escola; negligência higiênica ocorre quando as crianças vivem em condições precárias de higiene; negligência de supervisão ocorre quando a criança é deixada sozinha, sujeita os riscos; negligência física é a falta de alimentos e de roupas.
A negligência é vista como um tipo de violência em que o agressor é passivo, pois a agressão ocorre pela omissão da ação, dos cuidados. Muitos estudiosos deste assunto falam que este tipo de comportamento dos pais é a uma grande violência contra a criança, pois informa que ela não é amada, pois os pais não participam da educação dos filhos, comportando-se como espectadores deste processo. Esta prática pode desencadear insegurança, hostilidade e vulnerabilidade como crianças que fogem de casa, usam drogas e são agressivas. Lembrando que o Estatuto da Criança e do Adolescente no título I, das Disposições Preliminares em seu artigo 5º diz que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Se houver dúvidas procure orientações, você pode mandar perguntas para o e-mail valeriasouza02@yahoo.com.br
que terei a maior alegria em responder.

Matéria originalmente publicada no Jornal Atos & Fotos de Curitiba em janeiro de 2011.